terça-feira, 8 de setembro de 2009

"Viver É Morrer"

Me surpreendi agora pouco, quando não achava que estava fazendo qualquer coisa útil, sentindo um prazer indiscritível ao ouvir uma música em particular: "To Live Is to Die", do Metallica, álbum "...And Justice for All", composta por James Hetfield, Lars Ulrich e, o falecido mestre do baixo, Cliff Burton. Resolvi compartilhar essa sensação e vou tentar me expressar da melhor maneira possível.

Começando com uma leve introdução em violão e base suave de bateria, a música adquire um tempo mais forte que vai se elevando a partir de um som de marcha. Entra o riff pesado e carregado, que nos leva à pequenas demonstrações de habilidade no baixo e na guitarra. Acompanhando esse riff, me arrepio quando ele chega, aos 2:30 de música, a um tipo de hesitação. Se repete aos 3:10, antes de um solo, que me dá vontade de acompanhar com um air guitar bem amador, que é o máximo que consigo fazer, no que diz respeito à música. Fim do solo acompanhando o riff com um dedilhar agudo. Entra aos 4:30 uma fase meio que romantizada da música que termina com um dedilhar solitário, logo depois acompanhado de violinos. De emocionar. Outro solo para acompanhar essa parte mais devagar da música. Esse um pouco mais leve. O dedilhar vira power chords fazendo o ritmo acelerar, de leve, e em harmonia com o dedilhar no fundo. Uma pausa. Voltamos ao riff com a única fala da música, citando o co-compositor da obra de arte, Cliff Burton (1962-86): "When a man lies, he murders some part of the world. These are the pale deaths which men miscall their lives. All this I cannot bear to witness any longer. Cannot the Kingdom of Salvation take me home?". Riff continua carregando a música, um pouco mais pesado. Chega ao fim voltando ao início. Violão anunciando "a pale death" de algum homem.

Para quem se interessou, aqui está a música, no youtube.

Um comentário:

  1. Gostei - muito mais do que poderia supor, antes de ler o texto. Trata-se de uma viagem dentro de uma música (e uma viagem bonita, bem escrita, feita com o sentimento de um artista).
    Faço também as minhas viagens dentro de músicas... ouvindo-as - mas não havia ainda viajado na viagem de outra pessoa. Isto é difícil de ser feito: o autor precisa ser bastante bom. Funcionou muito bem. Ótimo, sinceramente. Don't stop, guy!

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