A faculdade realmente abre nossa mente. Os calouros de direito do pombal de Curitiba (Santos Andrade) estão fazendo um plebiscito para escolher a melhor forma de governo para nosso país. Quem diria que até hoje existe um movimento pró-monarquia no Brasil? E pior, existe um chefe da Casa Dinástica! A Princesa Isabel tinha um filho, D. Pedro de Alcântara de Orleans e Bragança, que em 1908 abdicou de seus direitos sucessórios. Assim, seu irmão caçula virou o estepe, caso a “República” dos Estados Unidos do Brasil (sim, esse era o nome do nosso país até a penúltima constituição outorgada pelos militares) falhasse. Não que ela tenha sido um sucesso. Se hoje o Brasil resolvesse impor o regime monárquico, quem seria rei? O Pelé? Roberto Carlos? O Lula? A Xuxa? Segundo essa tal Casa Dinástica, seria o Príncipe D. Luiz de Orleans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel.
Os monarquistas falam que seu regime teria uma manutenção muito mais barata do que a do nosso atual sistema de “freio e contrapesos” republicano, o qual tem gastos tão absurdos que chegam a não ser divulgados. Concordo com eles quando falam dos feitos políticos: são pensados e agendados, para que assim, o povo e sua memória curta não esqueçam do prefeito e suas grandiosas obras até as eleições; ou com a proximidade de 2010 e a impossibilidade de reeleição, o orçamento é estranhamente extrapolado para que a bomba estoure nas mãos de quem assumir na seqüência. Aquele tal príncipe culpa o regime republicano do vergonhoso quadro da corrupção brasileira .
Rui Barbosa tava certo em dizer que o parlamento na república transformou-se numa praça de negócios. Mas isso não quer dizer que ele não tenha sido assim desde sempre. Roma já viveu o drama da cooptação, e o senado era tão corrupto quanto na época de Pedroquinha e de Lula. Eu penso que essa história de Monarquia para o Brasil de hoje é uma baboseira. Nunca vai existir uma forma de governo perfeita. A República só é a menos pior. O homem é um bicho egoísta por instinto. É por essas e outras que o comunismo não dá certo, nem o modelo romântico-republicano do Platão. Não precisamos de uma revolução governamental, precisamos de uma revolução mental entre o povo quieto e entorpecido, a atual platéia desse espetáculo político.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
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O movimento monarquista é forte e firme. Lembro-me de quando fiz facool, também havia um grupo de monarquistas no curso de História.
ResponderExcluirEntretanto, lá o pau comia solto, afinal, onde há rei também há súditos...
Conversando com meu pai sobre esse seu texto aqui em casa, ele acabou me mostrando esse vídeo para solicitar um plebiscito em 1993 para a monarquia:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=QGB3vZKjB4w&feature=related
Vote no rei! ueauhsuehushuae
Esse blog é legal!
ResponderExcluirÓtimo texto!