sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Liberdade Ainda que Tardia

Pode-se dizer que a liberdade é um dos alvos mais perseguidos pela humanidade. Sartre dizia que somos condenados a sermos livres, Cecília Meireles alegava que todos sabem o que é apesar de ninguém saber explicar. Os capitalistas dizem ser o livre comércio, os comunistas dizem ser a segurança garantida pelo estado, os anarquistas dizem ser a completa abolição da hierarquia. Ela estampa o azul da bandeira da revolução francesa, é o tema da bandeira da inconfidência mineira, é a mais famosa estátua do mundo além de ser a protagonista do quadro de Delacroix. Liberdade pra lá, liberdade pra cá e liberdade nenhuma por aqui.

Hoje em dia “liberdade” não passa de uma bela palavra “assegurada” a nós pela constituição. Digo isso porque se fôssemos realmente livres poderíamos ter escolhas sexuais, religiosas, ideológicas, esportivas ou profissionais sem niguém meter o bedelho. Que os moralistas de plantão encham o saco de quem se opõe à “moral”, vá lá. O problema é quando essa intervenção vem por parte do estado.

Não faz muito tempo que o colunista da Ilustrada José “Macaco” Simão foi impedido pela justiça de sequer mencionar o nome da Juliana Paes. Também não faz muito tempo que o filho do Sarney entrou com uma ação contra o Estadão por acusá-lo de envolvimento no caso investigado pela operação Boi-Barrica, além também dessa nova lei anti-fumo imposta por Serra em São Paulo. Enfim, essas e muitas outras repressões dignas dos “anos de chumbo”. O pior de tudo é que todas elas tem como responsável o próprio estado. Censura não é bom e ninguém gosta. Não importa se é feita pela Juliana Paes, pelo Sarney pai, pelo Sarney filho, pelo Serra ou pelo Costa e Silva.

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