segunda-feira, 1 de março de 2010

Acordes Espaciais

Tenho que confessar que sou apaixonado por ficções científicas. Desde as Space Operas – histórias épicas e romantizadas de ficção científica –, como Star Wars e Blade Runner, até distopias mais reflexivas, como 1984, por exemplo. Outra coisa pela qual sou apaixonado é o bom e velho Rock N’Roll, mas isso vocês já devem estar carecas de saber. Agora, bom mesmo é ter essas duas coisas numa só.

A fusão entre rock e ficção é bem comum, várias bandas gravaram músicas e escolheram nomes baseados em livros, por exemplo, o Led Zeppelin tem diversas músicas baseadas em Senhor dos Anéis. Ou a banda gaúcha Os Replicantes que tirou o nome dos androides de Blade Runner. Porém as fusões entre Rock e ficção científica não são tão óbvias. A primeira que me vem à cabeça é “Space Truckin’” presente no álbum Machine Head do Deep Purple. A letra conta a história de desbravadores espaciais que viajam pelo sistema solar. Uma espécie de “EasyRider” espacial. E a música em si é legal, gostosa de ouvir, cantar e tocar. Inclusive, segundo Blackmore, o riff prnicipal é inspirado na música do batman.

Outra muito significante e extraordinária é a Ópera Rock “2112”(pts 1, 2 e 3) da banda canadense Rush. “2112” é um disco e uma faixa – que por sinal tem 20 minutos de duração – que é dividia em VII partes e ocupa um lado inteiro do álbum. A história da música começa no ano de 2062 quando uma guerra que abrange toda a galáxia resulta na união de todos os planetas sob o governo da estrela vermelha da Federação Solar. Em 2112, o mundo é controlado pelos sacerdotes dos templos de Siringe (Syrinx, no original), que determinam o conteúdo de todas matérias de leitura, músicas, imagens, enfim, tudo. Porém um homem acaba descobrindo um estranho instrumento, no caso uma extinta guitarra, e alcança novos paradigmas musicais.

Quando ele apresenta a descoberta aos sacerdotes, eles a destroem. O protagonista então vai para a clandestinidade, sonha com o mundo pré-unificação e quando desperta, pelo desespero de perceber que o mundo era bom, livre e que sua vida nunca poderia ser como a de seus antepassados, comete suicídio. Porém, inicia-se uma nova guerra que termina com a misteriosa – e ambígua – frase “attention all planets of the Solar Federation: We have assumed control.” Ambígua já que não se sabe se houve uma contra-revolução pra trazer de volta o mundo de antes ou se os sacerdotes tomaram o poder da federação e instauraram uma teocracia. Mas vai dizer, dava um filme, não?

E como sempre, a versão brasileira não fica de fora. “Ficção Científica” é umas das músicas do Aborto Elétrico (depois regravada pelo Capital Inicial em um disco-homenagem ao Aborto) que, por sinal, eu mais gosto. Ela não tem um história definida, é um apanhado de nomes e termos da ciência e da cultura pop como Flash Gordon, Barbarella, Bomba H, Albert Einstein, Julio Verne, Galileu, etc. Isso sem contar a parte musical que é irada, no sentido literal da palavra. Espero que com essas dicas, vocês acabem gostando de viajar pelo espaço ao som de guitarras distorcidas como eu gosto.

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