terça-feira, 30 de março de 2010

Daime Paciência

Sim, eu li a Veja. Mas como já diz a sabedoria popular: mantenha seus amigos perto e os seus inimigos mais perto ainda. Tinha até esquecido como a Veja anda ruim, além de muita propaganda, as matérias que eram pra ser informativas acabam saindo uma coluna de opinião. O texto foi escrito por três autores, mas contarei o milagre sem dar nome as bois. Penso que nunca li um texto mais parcial do que esse. Acho que os caras sairam da edição achando que tavam abalando.

Sabe aquele tipo de advogado merreca que apela para o emocional, para o lado pessoal, ao invés de se ater aos fatos? Uma coisa meio Márcia e Ratinho? Mais ou menos assim. A baixaria dá audiência,e a imprensa já aprendeu com isso há muito tempo. Olhem o exemplo d'A Tribuna Não acho que a revista deveria se adequar ao leitor, mas sim o leitor à revista. É óbvio que isso não acontece, fazendo dos programas de televisão e das revistas, verdadeiros prostituintes, atados fortemente a opinião de seu público alvo. Há séculos que essa prática já existe, mas em esferas diferentes: eram os chamados mercenários. É claro que não podemos ser ingênuos e pensarmos que todos tem ideais fixos, não fazendo o que fazem porque gostam e não porque são bem pagos.

A imprensa precisa ser crítica, mas sem ser passional como os três autores Vejanistas (pois eles achavam que estavam fofocando no calçadão). Assim, voltamos para a estaca zero: como podemos nos informar sem sermos afetados pela impacialidade dos meios? Aí é que tá, não existe neutralidade. Todo mundo é parcial, todo mundo é direcionado pela lógica em que está inserido, querendo ou não. O legal é ser menos parcial possível, buscando fazer o seu ouvinte ou leitor entender a mensagem, mostrando os dois lados da moeda. Uma tese bem fundamentada é aquela que não desvanece em meios adversos, mas sim convence ainda mais, humilha o lado oposto. Mas aí é que tá de novo, nunca vejo uma revista/jornal/livro fazer isso. Nós precisamos fazer isso por nós mesmos, lendo o máximo de jornais e revistas, tendo o maior contato possível com o conhecimento, para podermos desenvolver uma tese bem fundada, com os prós, contras e tudo mais. E aí que chega a preguiça, a falta de empenho ou até de tempo. No final das contas, são poucos aqueles que conseguem ter um olhar crítico sobre as coisas, porque só consegue formar uma opinião bem fundamentada aquele que vê cara e coroa.

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