domingo, 7 de março de 2010

Mímica e Música

Ah, os covers. Uma maneira legal de prestar tributo a uma banda ou artista que influenciou seu trabalho de uma maneira absurda. Uma grande parte dos maiores artistas que já passaram por essas bandas que chamamos de planeta Terra já gravou covers. De Beatles a Fall Out Boy. De Hendrix a Guns N’ Roses. O problema é que existem dois tipos de covers: os bem e os mal feitos. Existem covers que nada se parecem com os originais, que até são de estilos diferentes, que acrescentam à original, que entraram pra história. Existem covers que conseguem simplesmente destruir e ainda por cima se tornar mais famosos que os originais.

Como bons covers temos vários exemplos. “All Along the Watchtower” do Jimi Hendrix é mais animada e mais caótica que a original no violão de Bob Dylan. “Stand by me” do John Lennon, apesar de parecida com a original, tem uma levada muito mais cativante que a do Ben E. King. “Twist and Shout” do Beatles é bem mais divertida que a dos Isley Brothers. Falando em Beatles, “With a Little Help from my Friends”, que era uma música somente bonitinha, ganhou uma poder avassalador na voz do Joe Cocker. “I’m a Believer”, que é do Monkees, ganhou muito mais fãs com a versão mais moderna do Smash Mouth. “You Really Got Me” do Yardbirds era pesada para sua época, mas não se compara com a versão do Van Halen e“Beat It” original na voz do Michael Jackson é incrível, mas a versão do Fall Out Boy supera espectativas.

Mas nem tudo são flores no mundo da música. As desgraças que aparecem de vez em quando na mídia são lastimáveis. “Behind Blue Eyes” é um hino criado pelo The Who e foi desrtuída – e amputada, já que no final da original as guitarras entram a todo vapor quebrando o clima melódico – pelo Limp Bizkit. “I Love Rock N’ Roll” da Joan Jett era um hino, da Britney Spears é pura hipocrisia. Tem umas que não são tão ruins, mas que não me agradam como “Born to be Wild” do Steppenwolf na velocidade e peso do Slayer ou “Knockin’ on Heaven’s Doors” do Bob Dylan sendo gritada histericamente pelo Axl Rose do Guns N’ Roses.

E o Brasil também não escapa dessa. Sejam covers de músicas brasileiras, sejam traduções de músicas internacionais. Eu já falei no post dos Paralamas, mas “Lourinha Bombril” é um versão nacional de “Parate y Mira” do Los Pericos. Mas o que eu não falei no post dos Titãs – pelo simples fato de que descobri isso recentemente – foi que “Marvin” na verdade é uma versão brazuca de “Patches” do Clarence Carter. Outra célebres versões é “Não Chores Mais” que é baseada em “Woman No Cry” do Bob Marley , “O Passageiro” do Capital, que foi feita à base de “The Passenger” da banda punk The Stooges e “Sônia” do Léo Jaime que veio de “Sunny” do Bobby Hebb. Mas como disse antes, também temos covers e versões de canções brasileiras como “Primeiros Erros” do Kiko Zambianchi na voz do Capital, “Além do Horizonte” do Roberto Carlos na voz do Jota Quest, a versão roqueira de “Malandragem” do Bezerra na versão do Barão Vermelho, “É Proibido Fumar” e “Vamos Fugir”, respectivamente do Erasmo Carlos e do Gilberto Gil, ambas na voz do Skank e as versões de “Aluga-se”, do Raul Seixas, e “É Preciso Saber Viver”, do rei Roberto Carlos, na visão dos Titãs.

Por fim, um destaque para a banda norte-americana Weird Al Yancovic que transformou sucessos como “Bad” do Michael Jackson, “Eye os the Tiger” do Survivor e “Barbie Girl” do Aqua em “Fat”, “Rye and the Kaiser” e “I’m an Ugly Girl”, respectivamente, isso pra citar alguns. As letras satíricas são extremamente recomendáveis, só não venha reclamar se eles parodiaram o seu artista favorito.

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