sexta-feira, 26 de março de 2010

"Faço Aliança Até Com o Diabo"

Essa frase, que foi dita por Requião num vídeo usado por Osmar Dias na última eleição para governador, está neste título para iniciar uma pergunta que consigo responder olhando somente o Paraná: Por que no Brasil não há uma identificação e um orgulho partidário? Pois os partidos preferem distorcer suas ideologias para se aliar com os partidos maiores e assim, ter um, dois, cinco cargos no governo.

É a prostituição partidária que se vê ao ter chapas como a possível para o governo do Paraná: Osmar Dias (PDT) e Gleisi Hoffmann (PT). Como disse no post “Os não tão mais de esquerda”, o fervor ideológico vai passando com os anos, porém, como o passado de Osmar (defensor das grandes propriedades rurais, atrelamento ao PSDB que tinha até pouco tempo) e o cerne ideológico do PT. É por isso que digo que o PT do Paraná seria um partido que muito pouco além do nome tem como PT nacional.

Essa falta de firmamento ideológico e de alianças que faz o PT ser tão fraco em comparação aos outros PTs estaduais. O PT nunca ganhou uma eleição no governo do Paraná, nem em Curitiba. Qual foi a figura que levou esse partido a diante no Paraná? Vanhoni perdeu duas vezes para Cássio Taniguchi e uma para Beto Richa. Gleisi não vencerá para senadora, senão sair para vice de Osmar, não conseguiu nem um segundo turno na prefeitura de Curitiba.

Agora, qual a principal a razão para essa falta de líder? É a falta de honra ao plano de governo do partido que, por alguns cargos, macula a fé dos eleitores que são fiéis. O PT torna-se coadjuvante do cenário político quando era para ser, junto com PSDB e PMDB, um dos grandes pólos ideológicos (se bem que perco tempo ao acreditar que os planos de governo são muito diferentes). A vontade principal nos partidos não é mudar o governo, é usufruir do governo, acumular cargos, mamar. É a política que, infelizmente, é mais interesse particular do que público.

Queria saber, por parte dos leitores do blog dos outros estados, se aí é tudo igual? Mesmo morando em São Paulo, vejo que, no fim das contas, político é tudo farinha do mesmo saco. Quem não venderia sua crença por um cargo público? Nós não, eles sim.

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