terça-feira, 9 de março de 2010

A Derrota dos Na’vi

Como eu esperava – e torcia -, ontem na festa do Oscar as três únicas estatuetas do homenzinho dourado que o tão aclamado Avatar levou foram as óbvias: melhor fotografia, direção de arte e efeitos visuais. Bom, fotografia é meio controverso já que o filme em si tem pouca coisa real, logo as paisagens são mera computação gráfica, mas essa suposta derrota já bastou pra mim.

Você deve se perguntar por que tanto repúdio a um filme que você provavelmente viu e gostou. Bem, eu também vi e também gostei, mas o ponto não é esse. Avatar é um filme legal, revolucionário do ponto de vista gráfico, lindo em várias partes, mas só. A história, mesmo longa e um tanto maçante, é previsível! Eu já imaginava como ela ia terminar lá pela primeira hora e meia de filme. É um filme de fim-de-semana, um programa de lazer, não é um filme digno do Globo de Ouro de melhor filme que ele ganhou, por exemplo.

Além disso, várias das características de Pandora aparentemente não saíram da cabeça de James Cameron. São 3 as grandes acusações. Os plágios sobre Delgo, uma animação que foi um fracasso, os quadrinhos da Marvel Timespirit e Poul Anderson, um autor de ficção científica. Sobre Delgo, não acho que as acusações sejam muito contundentes. Avatar abrange diversos clichês e se inspira em animais reais, provavelmente eles beberam da mesma fonte. Se quiser checar pode ver essas nove fotos comparativas (I,II,III,IV,V,VI,VII,VIII e IX), além do trailer. Já Timespirit traz selvagens azuis que usam arco e flecha, que realmente se assemelham aos Na’vi, como pode ser observado aqui.

Quando se trata de Poul Anderson o buraco é mais embaixo. Ele escreveu um romance chamado “Call me Joe” em 57. Nele o personagem principal é um paraplégico, Ed Anglesy, que se conecta telepaticamente a uma forma artifical de vida para explorar um planeta inóspito. Com o desenvolver da história, Ed se encanta pela liberdade e a força do seu novo corpo e vai se tornando nativo com o passar do tempo. Além disso, uma outra obra de Anderson se chama “O Avatar”. Coincidência? Não cabe a mim decidir. A mim só cabe comemorar pela sanidade da academia.

2 comentários:

  1. ah pocahontas tambem http://www.umtudo.com/wp-content/uploads/2010/01/pocahontas_avatar.jpg
    :D

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  2. Premiação de melhor direção de fotografia foi merecido, não precisa ser imagens reais, mas sim onde o diretor coloca a camera, e capta o melhor angulo da cena, que da varios fatores (Obejtos, pessoas, onde o ator fica, famoso "close"). E na parte 3D do filme, praticamente foi o o direto de fotografia (esqueci o nome) que dirigu o filme.

    Avatar teve os premios merecidos nas correspondentes categoria onde realmente foi os melhores.

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