sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Todo “Cão” Tem seu Dia

“Cães de Aluguel” – Quentin Tarantino

“Reservoir Dogs” (título original) é um daqueles filmes que ou se ama ou se odeia. Aliás, toda a obra do Tarantino se encaixa nessa dicotomia. Outro exemplo disso é “Pulp Fiction”, já eternizado nas páginas desse blog pelo meu colega Jamil. Mas “Cães de Aluguel” é mais cru, mais tosco, mais rude que Pulp Fiction, talvez por ser o filme de estreia de Tarantino. Mas mesmo assim não deixa de ser um clássico.

O filme conta a história de 5 criminosos que são contratados para cometer o crime perfeito, um roubo a uma joalheria. O sigilo é essencial para o caso de algum ser pego pela polícia, portanto nada de pessoal poderia ser revelado entre a gangue, nem os nomes, o que explica a utilização de codinomes de cores – o que se tornou um marco no filme. Porém, algo dá errado no dia do roubo e pela velocidade com que a polícia chega à cena do crime é certa a existência de um traidor no grupo, mas como ninguém sabe nada sobre ninguém, qualquer um pode ser o infiltrado. Mas é bom lembrar que, como é típico do Tarantino - que inclusive faz o papel de Mr. Bronwn -, essa história não é nada linear.

A trama te prende do começo ao fim, e isso não é só uma daquelas frases feitas ditas da boca pra fora. O Tarantino tem o dom de colar os espectadores à sua história. Mas o principal mesmo são os diálogos, marca do diretor - como o do começo do filme, sobre Madonna e as possíveis metáforas implícitas em “Like a Virgin”. Além dos diálogos brilhantes, temos violência comendo solta e cenas memoráveis – como esta daqui, em que o Mr. Blonde dança ao som de “Stuck in the Middle with You” enquanto decepa a orelha de Marvin – que entraram pra história do cinema, isso sem contar a trilha sonora incrível.

Enfim, um grande filme. Merece ser visto tanto por aqueles que gostam de se autointitularem cinéfilos quanto por aqueles que querem xavecar uma menina com um “papo cabeça” cinematográfico. O filme inclusive foi escolhido pelo Empire como melhor produção independente da história. Então tá esperando o que pra ir pra locadora mais próxima e se banhar com um pouco de cinema – e sangue – de qualidade?

Um comentário:

  1. Filme irado, que o cara deve ter gasto uns 100 dólares pra fazer.
    Sem brincadeira, impressionante como ficamos presos e envolvidos em praticamente uma cena durante o filme.

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