terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Brasil Likes it Heavy!"

Quando se consegue fazer música de boa qualidade, sonora e poética, ao mesmo tempo que se toca num volume altíssimo e se consegue botar a cabeça de quase 70 mil pessoas para bater, aí sim, pode-se dizer que há uma banda decente. O Metallica, com seus shows, em Porto Alegre e São Paulo, fez tudo isso e mais um pouco. Fui no do dia 30, sábado, no Morumbi, em São Paulo, e posso dizer, que quando James Hetfield disse "Brasil likes it heavy", ele tava certo.

Só pelo começo, com "Creeping Death" e "For Whom the Bell Tolls", do segundo disco da banda, já se sabia que o Metallica não estava de brincadeira e veio fazer o mais puro heavy/thrash metal. Sem sair da linha antiga e rápida da banda, a canção seguinte foi a "galopante" "The Four Horsemen", seguida de um show de pirotecnia com "Harvester of Sorrow". Para arrematar de vez os que já eram fãs da banda, "Fade to Black" foi executada com primazia. Muitas das canções tocadas foram executadas com uma pausa no meio, na qual as luzes do palco de ligavam e se percebia a euforia e excitação dos 68 mil headbanger presentes.

Após esse setlist clássico, Metallica apresentou, sem nenhum declínio na qualidade ou na sonoridade, canções do álbum mais novo, "Death Magnetic". "That Was Just Your Life", "The End of the Line", o novo clássico da banda "The Day that Never Comes" e a agressiva "Broken, Beat & Scarred".

Em seguida, mais clássicos pesados: "Sad But True", segundo Hetfiled antes da canção, uma homenagem ao Sepultura, banda de abertura do show, e ao povo brasileiro; "One", precedida de muitos fogos, luzes e barulhos de guerra; e "Enter Sandman" e seu riff inconfundível.

É claro que haveria um bis. Após ficarem alguns minutos fora do palco, Metallica voltou para tocar mais três sonzeiras. Começaram com uma homenagem a uma das bandas que os influenciaram: Queen. Um cover magnífico de "Stone Cold Crazy" levou a galera ao delírio. "Motorbreath", canção que retrata o estilo de vida do grupo, no seu início, foi tocada em seguida. Por último, a canção mais aguardada pelo público, mais pedida pelos quase 70 mil no estádio: "Seek and Destroy". Segundo Hetfield, todos gostamos dessa canção por sua letra fácil. Mas pode-se dizer que não apenas sua letra e seu refrão ("searching... seek and destroy!") é que fazem dessa, na minha opinião, a melhor canção do grupo, mas seus riffs acelerados e solos implacáveis também.

Enfim, o grupo, sempre no máximo do volume dos amplificadores, deixou muitos headbangers de pescoço dolorido e pingando de suor. Mas tudo por uma ótima causa: um som empolgante e de qualidade.

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