quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Sexo Frágil

Dependentes, enganáveis, manipuláveis. Por mais incrível que pareça, estou falando do sexo masculino. Calma, a idéia não é despertar a guerra dos sexos, mas sim mostrar que o homem é muitas vezes incapaz de superar as mulheres em um mundo onde a força não é mais a medida de troca e que essas, por sua vez, os têm em suas mãos.

Mas antes disso foi preciso alcançar o posto de igual, e essa luta é mais antiga que parece. O Gênesis diz que antes de criar Eva, Deus criou outra mulher, Lilith, da mesma forma que havia criado Adão. Ela, por sua vez, se rebelou por sempre ficar por baixo na conjunção carnal. Foi por isso que Deus criou Eva da costela de Adão, pra criar uma mulher submissa ao homem - o que acabou não dando certo já que foi o poder de persuasão dela que prevaleceu na hora de experimentar o “fruto proibido”. Enfim, Adão - bem como os homens em geral - nunca conseguiu conviver com uma mulher de “igual pra igual”, o que explica o sistema familiar patriarcal que se estendeu por séculos. Explica, não justifica.

Essa submissão está sendo combatida com mais força desde o começo do século XX, e vem dando resultados. Hoje em dia é fácil perceber a disparidade. Separe os dez melhores alunos de uma sala de aula de ensino médio ou fundamental e veja qual é a quantidade de meninos. Se passar da metade, já é algo surpreendente. Talvez pelo preconceito que elas sabem que vão ter de enfrentar, elas se dediquem muito mais do que os homens, mesmo ambos tendo o mesmo potencial – ou talvez tenha a ver com o culto ao corpo em detrimento da mente, mas isso fica pra outra conversa.

Os homens dependem das mulheres mais do que elas deles. Aliás, foi só elas resolverem trocar o avental pelo mercado de trabalho pra instituição familiar despencar. Existe até uma pesquisa sendo feita – paradoxalmente, por homens – que procura uma espécie de autofecundação feminina, demonstrando essa independência. Além, claro dos infinitos casos de mães solteiras que conseguem trabalhar e cuidar da casa num esforço incrível.

E cá entre nós, as mulheres sempre nos têm aos seus pés quando bem entendem. Nós lutamos para jogar nossos genes por aí, elas escolhem os parceiros. Nós as cortejamos, elas simplesmente selecionam. Enfim, elas detêm o poder. Isso talvez explique a tendência poligâmica de alguns homens, mas mesmo assim, uma mulher convence um homem sem fazer muito esforço. E pior, faz com que ele pense estar no poder. Duvida? Dê uma olhada ao seu redor. Só não vá me culpar depois.

Um comentário:

  1. acho que o meu primeiro comentário não foi..
    bom resumindo ele: muito bom o post, todo lugar tem discriminação, até na ufpr (leia as músiquinhas..). talvez esse ano tenha um grupo de discussão de gênero, se tiver vai ser doidera.. hahha
    abraço!

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