terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Peleja de Coronéis

Esquenta para as Eleições – Governo do Estado do PR

No Brasil, diferentemente de muitos países, há o tão lutado “sufrágio universal”, isto quer dizer: quase, realmente quase, todos votam. Aqui, não podem votar os menores de 16 anos e os soldados e cabos recrutados para o serviço militar obrigatório. Os votos facultativos, vota quem quiser, são para as pessoas entre 16 e 18 anos e com mais de 70 anos.

Os prováveis candidatos a governador nesse ano do Estado do Paraná são: Beto Richa (atual prefeito de Curitiba, filho do ex-governador José Richa – “o homem que levou energia elétrica ao interior do Paraná”) que consagrou sua carreira política quando era vice prefeito de Curitiba no segundo mandato de Cássio Taniguchi. Cássio fez uma viagem ao exterior e deixou aprovado um aumento de 0,40 centavos na passagem de ônibus, Beto vetou esse projeto e caiu nas graças do curitibano, pura jogada política. Com o sobrenome e a popularidade, Beto elegeu-se prefeito de Curitiba com folga sobre o eterno 2º colocado, Ângelo Vanhoni, do PT. A polêmica de Beto Richa iniciou-se após sua reeleição para prefeito de Curitiba (vencendo sem 2º turno) quando se comprometeu em cumprir totalmente o mandato para prefeito, ou seja, não se candidataria para governador em 2010. Com isso, Beto tirou o sorriso do rosto de figuras certas para o governo em 2010, como Álvaro Dias. Além disso, o irmão de Álvaro, Osmar Dias (segundo colocado na última eleição para governador) comprometeu-se em se candidatar para governador esse ano, quebrando aquele famoso rodízio: um candidata-se à senador, outro para governador.

Osmar Dias, junto com Beto Richa, é favorito para a sucessão do Governo Requião. Com tradição na política, Osmar possui o apoio maciço da Região Norte do Paraná, todo mundo gosta de Osmar, mas, como todo senador, ninguém sabe os projetos que fez. O destaque que deixo aqui para esse senador foi sua última disputa para governador com Roberto Requião. Nessa disputa pouco se ouviu de propostas e sim muita agressão. Nos debates, nos comerciais, falava-se somente mal do outro, um era nepotista, outro era ladrão, e por aí vai.

O candidato da situação é Orlando Pessuti, atual vice de Requião. Pessuti possui o apoio dos que, incontestavelmente, apóiam Requião, como a Polícia Militar que recebeu uma injeção absurda de investimentos, superando até gastos relacionados à educação. Muito Peemedebistas preferem apoiar diretamente Beto Richa, sem lançar candidato próprio do partido, mas isso será revelado daqui a algumas semanas. Todos nós sabemos da prostituição partidária que há aqui no Paraná, é PT fazendo aliança com PSDB, DEM com PL, PV com PSTU e por aí vai.

Confesso que, como sempre, o desânimo toma minha alma na eleição para governador. Mas o vencedor dessa eleição pegará nas mãos um Paraná fraco em suas bases sólidas, como a infra-estrutura para a agricultura, o Porto de Paranaguá sem investimento externo (após a suspensão da parceria com o Paraguai e muitas empresas do exterior como a MAERSK, que preferiram o Porto de Santos, apesar da maior distância) e principalmente a Educação debilitada.

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