domingo, 14 de fevereiro de 2010

Quem Sabe, um Bom Futuro

Vagando pela cidade, a pé, sem compromissos na agenda. Tempo bom, nem muito ensolarado, sem ameaça de chuva repentina, temperatura suportável. Ruas não muito vazias, porém, longe de estarem cheias. Carregando minha agenda (sempre), um livro ("Assim Falou Zaratustra", Nietzsche), meu celular/mp3.

Esse tipo de situação (que me faz muita falta) me faz sempre chegar a conclusões interessantes. Senão isso, então, pelo menos, me permite divagar sobre assuntos, digamos, filosóficos. Nessa última jornada, me prendi num pensamento: chega!

Não aguento mais ficar parado quando poderia estar fazendo algo para melhorar a nossa situação. Baita pensamento revolucionário (daquele que é obrigação do jovem ter de vez em quando). Eu estava embalado por uma palestra sobre "acessibilidade" (que, agora, é obrigação ser observada nos projetos) na qual o palestrante, através de fotos, descrição de situações vividas e por uma vivência prática, quando sentamos numa cadeira de rodas e colocamos uma venda, nos mostrou como existem injustiças nesse mundo, mesmo que impensadas; e pelo livro de Nietzsche, no qual todos os valores cristãos, aqueles que pregam que sejamos santos, que busquemos uma ótima vida após a morte como objetivo de vida (?), são apedrejados com um sarcasmo que arde os olhos e faz rir. Não foi à toa que pensei numa possibilidade para meu futuro que jamais, pensava eu, passaria na minha cabeça.

Ser político. Quem? Eu? Nunca! Mas, naqueles momentos, tomando o famoso espresso duplo, a idéia me pareceu extremamente apelativa. Poxa vida, precisamos fazer algo para sairmos desse "sempre mais do mesmo", e nada melhor do que nos candidatarmos a algum cargo no qual é (um pouco) mais fácil aplicar mudanças.

Quem sabe foi apenas uma "bad trip" da cafeína, afinal, nunca me interessei pelo assunto. Sou um ignorante ("ignorance is bliss") no que diz respeito à política. Mas, quem sabe, pode ter sido um despertador para que eu saia desse escuro que muitos de nós estamos.

Um comentário:

  1. Jamilzito, eu tenho receio de te ver na politica. Idealisticamente falando, não existe pessoa melhor pra representar meus anseios de mudança. Certamente votaria em você, porque sei que compartilhamos as mesmas opiniões sobre o mundo e também interesses. Mas tendo um minimo de conhecimento sobre o mundo politico, eu me preocupo em pensar na brutalização que você pode vir a sofrer em razão desse convivio. você não merece uma desilusão tão grande quanta a que você pode vir a se deparar.
    Talvez eu te dê uma outra solução.
    Estou em Portugal desde quinta, já tomei duas garrafas de vinho da melhor qualidade, algo como uns 20 espressi doppi e já discuti todo e qualquer assunto, com todas e quaisquer pessoas, em todo e qualquer lugar.
    Nunca me senti tão bem na vida... Tenho tempo pra tudo, inclusive pra pensar sozinha. Mas acima de tudo, todos estão interessados em encontrar soluções para as nossas angustias.
    Venha pra Portugal, é a solução que eu te dou! haha
    Beijos e independente de qual for a decisão, eu vou te apoiar!
    Jamilzito pra presidente! =)

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