O que seria do orçamento nacional com a livre concorrência? Melhor dizendo, o que seria dos orçamentos sem os políticos fazendo acertos do tipo: “olha, o governo compra 50 mil sacos de cimentos de você para construir escolas lá no Barreirinha, só que você precisa me dar 50 mil reais em dinheiro”? Eu sem isso, certamente, teria mais orgulho em pagar impostos.
O Brasil, com folga, poderia arcar com o dobro de obras de infra-estrutura do que hoje possui. Bom se fosse o vencedor de uma negociação com o Governo aquele que oferecesse o menor preço. O vencedor, na verdade, é aquele que dá dinheiro, ou conhece o político de maior autoridade para delegar essa obra. Isso se a empresa não for do próprio político, como faz agora o Governador Interino do DF Paulo Octávio, com 10,4 milhões gastos em publicidade. Ou for empresa de algum parente. Infelizmente, dessa vez o exemplo não é o nepotista-mor, nosso governador Requião, mas o vice-presidente do país José de Alencar. O filho de Alencar venceu uma licitação para fabricação de botas para uso do exército (detalhe, o filho não tinha nem fábrica, teve de importar tudo da China, e tirar seu lucro; assim, uma empresa séria brasileira, que paga impostos e emprega brasileiros, deixa de vender seu produto e alimentar o mercado interno)
Creio que todos nós, participantes do blog, seja leitor, etc. teremos oportunidade de fazer esse tipo de escolha: de fazer o certo para o bem comum, ou fazer o certo para o bem particular. O detalhe, que acredito que seja crucial, é que nós hoje assistimos à tudo isso e nos envergonhamos; além de saber como é a vida do menino que acorda às 6 horas da manhã no Barreirinha para estudar numa sala sem cadeira, giz, material apropriado. Quem vive no Governo sabe como é a vida dessa criança, mas a imagem vai esvaindo-se lentamente da memória, pois ele só visita esse local de quatro em quatro anos.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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Meu santo... realmente, o povo é meio ingênuo nessa parte, até mesmo a gente,e acaba achando que eles vão um dia melhorar a educação, a infra-estrutura das escolas, e tudo mais. E dá desgosto isso, pensar que é quase impossível que isso mude, pois quem chega lá em cima, com a lógica atuante, é porque já não tem escrúpulos e já aprontou muito, fez muito favor e aceito muitos também. O resultado disso não vai ser nem de longe políticos eleitos porque pensam no bem comum de verdade, mas sim porque mostram serviço na hora certa, e passam impunes nas horas erradas.
ResponderExcluirÓtimo post! O blog ta em falta com posts de política, bom revê-los.
Maluf rouba mas faz! (Quem nunca ouviu essa...)
ResponderExcluirÉ nas obras do governo que está o verdadeiro ganha-pão, as verdadeiras boladas . O "ganha duas vezes" é justamente por sair como herói e com o bolso cheio...
Quanto à falta de post sobre política no blog, pode deixar que estamos tomando providência, né mon coeur?
Faltou o pessol comentando, vamos discutir política! (nossa, que ânimo)