sábado, 21 de novembro de 2009

"I'm Supertramp, and You're Super Apple!"

"Na Natureza Selvagem" - Sean Penn

Um ideal levado a sério, com conseqüências irreparáveis. Várias amizades e lições aprendidas. Tudo isso ao longo do caminho mais clássico da história moderna: através dos Estados Unidos. "Na Natureza Selvagem" ("Into the Wild", no original) é baseado na vida real de um universitário que, munido de alguns livros (Byron, Thoreau,...) e uma mochila, se forma e decide se exilar, temporariamente, no Alaska, estado mais isolado do país norte-americano (tirando o Hawaii).

Após sua formatura, McCandless foge de casa sem deixar rastros, nem avisar sua irmã e confidente. Ele ia com um carro até parte do caminho, sua única posse, que ele perde. Seu dinheiro (24 mil dólares) ele doa, pegando apenas alguns trocos que, no meio do caminho, ele decide queimar. Pegando carona e andando pelas estradas, McCandless topa com várias personagens que vão de excêntricas à maior das simplicidades. De todas elas, ele tira um aprendizado valioso e memórias para aproveitar enquanto ele passa tempos só numa imensidão gelada.

A história é contada em flashes, intercalando cenas do protagonista vivendo no Alaska e durante sua jornada até lá. Já no destino, ele mostra o quanto fugir da civilização hipócrita e constantemente contraditória que vivemos é gratificante e prazeroso. Porém, durante sua 'fuga', percebemos o quanto nos aproximar dos outros e criar vínculos afetivos reais é, também, gratificante e prazeroso. Só que o protagonista descobre isso tarde demais.

O filme tem um desfecho trágico, porém iluminado e cheio de sentido e convites à reflexão. Vale bastante a pena pelos diálogos nos quais vemos o brilhante idealismo do jovem, do qual, querendo ou não, todos temos um pouco. As paisagens deslumbrantes e a fotografia bem trabalhada em cenários grandiosos formam um par belíssimo com a trilha sonora extremamente adequada, creditada ao vocalista do Pearl Jam, Eddie Vedder. No todo, uma obra para se deliciar e se pensar.

3 comentários:

  1. o filme é ótimo mesmo.muito tocante, na real.não tem como não ficar pensando sobre ele e o mundo depois de assistir, sobre o que faríamos no lugar dele e como nos sentiríamos.eu já vi o filme umas 3 vezes e não canso de ver..acho que uma das partes que mais me emocionou foi a foto original que ele tirou pouco antes de morrer.eu fico encarando ela até sumir...
    ENFIM!ótimo post, ótimo filme.recomendo o blog e o filme.
    já que ficou longo esse comentário mesmo..queria também mandar um beijo pra minha vó, minha mãe, minha irmã e principalmente pra xuxa e pra sasha q

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  2. sei que meu comentário ficou pessimamente escrito.já passou da meia noite.não me responsabilizo :D

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  3. O filme é muito bom. Adorei a pontada de iniciativa do cara, ele não querer ser hipócrita: criticar a sociedade, e permanecer nela, porque somos impotentes, isso é fato; não quer contribuir com o sistema, ai cai no ostracismo. Ao mesmo tempo que toma uma atitude inusitada, ele se isola, e disso se arrepende. Não se pode agradar a gregos e troianos: ou ele agrada seu eu político, ou seu eu humano. Muitas de nossas ações se encontram repartidas entre nossas mascaras, entre os papéis que interpretamos: agradamos parte deles, mas nunca a todos. Por isso que acho a felicidade algo muitooo dificil de se atingir rapidamente.
    hahaha, mas voltando ao filme, recomendadíssimo, está entre os meus preferidos!

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