quarta-feira, 18 de novembro de 2009

“Gigante Pela Própria Natureza”

Se o tamanho do Brasil é o que nos propicia ter vastos campos para a plantação de produtos para exportação, enormes reservas subaquáticas de petróleo, gigantescos lençóis freáticos e a diversidade única da Amazônia e do Pantanal, ele também é um dos maiores causadores da nossa desigualdade.

Explico. Uma coisa, por exemplo, é você fazer uma revolução no sistema educacional de um país como a Alemanha ou como a Coreia do Sul, equivalentes aos estados do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, outra bem diferente é fazer a mesma reviravolta no 5º maior país em extensão e população do mundo. O Brasil, em extensão só fica atrás do Canadá, da China, dos EUA e da Rússia.

Porém, esses países têm, cada um, peculiaridades históricas que propiciaram esse avanço e que os diferenciam de nós. Os EUA e a Rússia – que era a maior república da URSS – avançaram no pós-guerra devido à vitória sobre o Eixo, o que acabou desembocando na Guerra Fria, quando ambas desenvolveram-se tecnologicamente. O Canadá é irmão siamês dos “states” e, portanto recebe os reflexos dos avanços americanos, isso sem contar a baixa população por metro quadrado. A China é um regime comunista e eu gosto de dizer que “na China o povo é obrigado a ganhar dinheiro” o que, unido à ausência de Direitos Trabalhistas, fez com que ela alcançasse esse crescimento astronômico anual. Mas é bom lembrar que a China só funciona na porrada, na repressão. Se não fosse esse governo ditatorial ela não teria esse mesmo crescimento. Entre economia e liberdade, ainda fico com a segunda opção.

O tamanho do Brasil é também um empecilho no transporte, afinal os investimentos nesse setor devem ser muito maiores do que o de qualquer país da União Europeia. Energia então é um caos, é só olhar pra semana passada e ver o que a falta de energia pode fazer com o país. O problema é que nem a maior hidrelétrica do planeta consegue suprir a nossa demanda energética. Têm ainda os programas de assistência social que não conseguem suprir a demanda, o sistema de saúde ineficiente pelo números de necessitados e a confusão burocrática que tem se tornado “tipicamente brasileira”.

Mas ainda é possível reverter esse quadro. Como disse no primeiro parágrafo, essa vastidão tem nos trazido boas notícias, agora só basta investirmos na educação – que no futuro vai gerar tecnologia, a única coisa que nos separa dos “países de 1º mundo” – e desistirmos dessa ideia besta de que em 4 anos se pode revolucionar todo o sistema. O Brasil não necessita de medidas desesperadas, precisa de medidas a longo prazo. Só basta os eleitores perceberem isso.

3 comentários:

  1. Tamanho não é documento. Não adianta, não é desculpa!! Um país maior implica em uma maior arrecadaçõa pelo pelo fisco. Mais dinheiro nos cofre públicos DEVERIA significar mais recursos disponíveis para serem empregados. Não digo que isso não influencie o desenvolvimento do país, mas nada que uma política descentralizada mais bem desenvolvida não resolva. Esse é um dos motivos por sermos uma federação desde a república (além do puxa-saquismo dos americanos)! O governo Federal deveria implementar uma política de desenvolvimento (depois continuo)

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  2. Na verdade tamanho faz diferença sim. Senão governar uma cidade, um estado e um país seria a mesma coisa! O relações contribuidore/habitante é bem próxima, mas é muuuuuuito mais fácil governar uma cidade do que um país, ainda masi se for o maior país em tamanho e população do mundo.

    Quanto maior, mais difícil de organizar, de dividir recursos, de controlar os gastos... Não tem nem comparação.

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  3. Ta bom ta bom, mas falar que o Canadá é irmão siamês do EUA é forçado. Obviamente a cultura do país é influenciada pela americana, isso acontece por causa da proximidade e da facilidade de comunicação entre os países. O Canadá tambem nao recebe reflexos dos avanços estadunidenses, eles tem a sua propria economia que é mais estavel do que a americana e nem tudo que voce encontra nos EUA voce encontra no canada e vice-versa. Se voce for acompanhar a historia de colonizaçao canadense vai ver que é muito diferente do ocorrido nos EUA, pode-se perceber isto principalmente pela existencia da provincia de quebec, que ainda recebe muita influencia francesa. Quanto a baixa taxa de população por metro quadrado no Canadá isto se deve ao fato de que existem areas que praticamente nao sao habitaveis por se estenderem ao longo das areas mais frias do planeta terra.

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