sábado, 9 de janeiro de 2010

World Wild Web

A partir do título - emprestado do Allan, aliás - pode-se deduzir sobre o que vim criticar nesse post. Mas, se bem que não é exatamente a Web quem tem culpa no assunto. Que assunto? Vamos à discussão.

Quando se tem uma dúvida, onde procurar primeiro? Obviamente que na internet. Nada de mal até aqui, afinal, ela veio para nos ajudar com a sua agilidade e fartura de informações, que facilmente temos acesso. Porém, esse "agrado", ou "mimo", se preferirem, acabou por estragar muitas pessoas. "Como?", vocês se perguntam. Explico.

Numa discussão (calma, não um quebra-pau) no Twitter (sim, na internet, que não deixa de ser uma boa ferramenta) com minha cunhada Ronise e com o @RuiBittencourt chegamos a uma conclusão: ninguém se preocupa mais com a fonte da informação, contanto que essa venha inteirinha, empacotada e pronta para ser usada. Citações sem-nexo e de fontes absurdas estão se tornando cada vez mais comuns. Isso quando há uma fonte. Nunca mais vamos numa enciclopédia verdadeira (dá-lhe Wikipédia, que de enciclopédia, só tem os números, porque fontes e autores...) ou fuçamos nas bibliotecas pública ou das Universidades por aí.

O pior de tudo isso é que quem sofre mais com essa febre de "excesso" de informação é o estudante. No ensino fundamental e no médio até passa batida a falta de explicitação da fonte. Agora, coloque uma foto num slide de uma apresentação na faculdade sem fonte e veja o rombo que se cria no seu boletim. É claro que há professores e professores. Mas esse tipo de erro não passa batido numa banca de monografia. Jornalistas também têm seu trabalho comprometido com a falta de fontes confiáveis. É só ver o caso da Ronise, que teve que fazer uma entrevista por e-mail e ainda obteve como resposta "pesquise no Google", numa das questões.

Agora podemos apontar o dedo pra quem realmente tem a culpa disso tudo: nós. Sim, eu, você e eles. Todas as pessoas que dizem que está tudo bem em não pesquisar direito, em colocar como fonte "um site qualquer, às tantas horas do tal dia" (claro, quando o site é algo não-oficial ou meio obscuro).

Solução para isso tudo? Não é possível retirarmos agora de nossa cultura o Google como meio de pesquisa mais utilizado, mas podemos, sim, fazer um pouco de esforço. Atualizar o cadastro na biblioteca do bairro e mostrar aos mais jovens que realmente é melhor sofrer um pouco mais para obter um resultado mais satisfatório.

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