segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Brincando de Ser Criativo

Hoje, vindo para casa, saquei uma bela coincidência, ou, pelo menos, consegui aquela inspiração. Ouvindo "Computadores Fazem Arte", de composição de Chico Science, e tendo o privilégio de poder ver blocos de nuvens se movendo em tempos diferentes com um fundo amarelo-alaranjado, divaguei sobre dois assuntos, meio que relacionados.

Primeiro, algo que tem a ver com o post do Allan sobre arte. A música, na versão que eu ouvia, tocada pelo Mundo Livre S/A, fala sobre como a tecnologia hoje faz todo o trabalho do homem preguiçoso, inclusive se metendo na arte. Com isso, "computadores fazem arte, artistas fazem dinheiro". Além de os artistas, segundo Chico, pegarem carona nas inovações tecnológicas dos cientistas (vide Photoshop), eles se aproveitam dessa para delegarem todo o esforço da criação criativa para as máquinas. É claro que há exceções, caso, mesmo hoje em dia, das pessoas que se recusam a envolver a tecnologia de ponta em suas obras (como alguns arquitetos, que preferem a mão do que softwares de desenho), e caso das que utilizam as inovações, porém, mantendo a parte humana da criação artística.

O outro aspecto que observei, e que diz respeito às nuvens, é sobre criatividade. Como pode um ser vivo (nós) ver, num aglomerado de partículas de água condensada sendo carregado pelo ar em corrente, graças as mudanças de pressão e temperatura, algodão-doce, animais sinistros, pessoas queridas, entre outras imagens inusitadas (no meu caso, vi, hoje, pelo fundo meio amarelo, Zeus e alguns raios. Claro, relevem minha viagem, tendo em vista que tive quatro aulas de projeto arquitetônico hoje)? Estranho é pensar, também, em como certas pessoas "criam" necessidades através de obviedades, que antes passavam despercebidas, graças à criatividade e inovação. Não é óbvio que devemos usar lâminas para nos barbearmos, ou que a melhor solução para prender blocos de papel é o clips? Claro que esses conceitos de necessidade podem ser questionados (vide a internet, que, para muitos, temo eu, é caso de vida ou morte).

Agora, relacionando os dois, a criatividade, impulsionada por diversos motivos, cria obras artísticas magníficas, faz surgir inovações tecnológicas antes inimagináveis. Essas inovações são utilizadas das mais diversas maneiras, como, por exemplo, no auxílio do artista. Só que, como o ser humano é, por natureza, um animal, portanto, faz de tudo para sobreviver, muitas vezes a tecnologia é usada de maneira obtusa (boa, hein), como é o caso da bomba atômica, exemplo clássico do mau-uso do conhecimento.

Pronto! Viram como é fácil fazer uma relação entre dois acontecimentos totalmente desconectados entre si? É só ter um pouco de elasticidade e assistir algumas aulas de física seguidas por aulas de história.

2 comentários:

  1. Que bom que é saber que sirvo de inspiração pros teus textos Jamiro! haha

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  2. Sabe a tal da inveja santa que o carreira falava?! acabei de sentir. Como não pensei nisso antes?! rs. Eu sou bem 'antiga'. Escrever, pra mim, só no papel. Odeio ficar digitando e digitando. As coisas fluem melhor no papel comigo. Sobre as nuvens, eu vejo coisas, bem aleatórias, mas aleatórias que Zeus até. Gosto de ligar as estrelas tbm, e formar letras e tal, fico horas olhando o céu. Sem contar o coelho da lua que eu nunca vi, mas um dia espero estar alcoolizada o suficiente para ver. Rs. Não preciso dizer que o posto foi bem escrito, é só olhar pra ele. Parabéns!

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