quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Os Barões do Rock N' Roll

Se o Circo Voador teve um anfitrião, esse anfitrião foi o Cazuza. E se o Cazuza, que era um rei nato, teve uma corte, essa corte foi o Barão Vermelho. Se não fosse o Barão, nosso Rock com certeza seria bem menos interessante. E olhe que o Barão é uma das poucas bandas do mundo a conseguir trocar de vocalista e manter a qualidade. Barão com Cazuza é incrível, mas com Frejat nos vocais ainda bate um bolão. Mas dessa vez vou falar dos anos de ouro, que foi antes da separação.

A profusão de hormônios apelidada de Cazuza quando se uniu àquela banda de jovens músicos foi amor à primeira vista. Logo aquele rapaz de classe média se uniu ao Frejat e com ele formou uma das melhores duplas de compositores da nossa música. O Barão era lírico e raivoso. Era apaixonado e apaixonante. O Barão era puro Rock N’ Roll.

Sem mais delongas, vamos às indicações. Não vou me dar ao trabalho de indicar as mais famosas como “Pro Dia Nascer Feliz”, “Bete Balanço” ou “Maior Abandonado” porque seria muito clichê. Vou mais fundo, mesmo adorando essas músicas.

Vou começar de leve. Um blues acústico sobre um homem abandonado pelo seu amor. “Bilhetinho Azul” é calma, porém tem um ritmo contagiante. Isso sem contar a parte do “Chuchu, vou me mandar” que sempre me arranca um sorriso quando ouço. Quem consegue dizer isso sem parecer cafona? Só o Cazuza...

Outra baseada nos blues clássicos, mas dessa vez mais pesada – quero lembrar que isso é uma marca forte do Barão já que o Rock deles era inspirado nos clássicos setentistas – é a “Por que que a Gente É Assim?”. “Mais uma dose? É claro que eu tô afim. A noite nunca tem fim...” e assim começa um clássico. Um riff pausado, marcante que faz seu pé bater no chão no ritmo do baixo sem você sequer perceber. “Canibais de nós mesmos antes que a Terra nos coma. 100 gramas, sem dramas”. Será que eu preciso dizer alguma coisa sobre uma frase dessas?

Vou aglutinar as duas últimas num só parágrafo pro texto não ficar tão longo quanto o sobre os Titãs. As próximas indicações são “Down em Mim” e “Todo o Amor que Houver Nessa Vida”. A primeira é uma das minhas favoritas. É incrível o que dá pra fazer com 4 acordes. “E as paredes do meu quarto vão assistir comigo a versão nova de uma velha história. E quando o sol vier socar minha cara, com certeza você já foi embora” é umas das coisas mais incríveis que o Cazuza e o Frejat já compuseram na vida dessa grande banda. A outra não é a que o Cazuza gravou em carreira solo – essa eu particularmente acho um saco. Falo da versão original, do primeiro disco da banda. Definitivamente outra pérola daquela mente conturbada.

Também recomendo o filme “Cazuza - O Tempo Não Pára”, biografia do cantor e compositor. Agora é só colocar os vídeos do youtube - que aposto que já estão carregando em outra janela – pra tocar e aproveitar o som.

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