quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

2009 Inovou Até Demais

Esse ano foi tumultuado, não? Quantas mudanças! Principalmente para mim e meus colegas vestibulandos de todo o país. Houve também mortes de figuras importantes, casos intrigantes, epidemias, recordes quebrados e efemérides significativas. Então rumo à retrospectiva 2009 do Sempremdm!

Começo pelo que eu manjo. O famigerado vestibular. As mudanças são incontáveis e começam com o MEC declarando, após o ano letivo já ter iniciado, a substituição do vestibular pelo tal do “novo” ENEM – novo entre aspas porque de novo ele não tem nada. O ENEM foi um fiasco. Longo, cansativo, burro. Isso sem contar que as provas foram roubadas e os resultados vão chegar lá por fevereiro – quem pretendia entrar na UTFPR, que adotou integralmente, se lascou, afinal vai ter aula só lá pelo mês de março, um mês depois do normal. Houve também algumas mudanças mais internas como a mudança no número de redações da UFPR, na segunda fase da Fuvest, no fato da UFSC e da UFPR não baterem na data, mas essas são periféricas.

Mas se teve algo que marcou muito, tanto para os estudantes quanto para a população em geral, foi a tal da Influenza A H1N1, a “gripe suína”. A epidemia até rendeu à maioria das pessoas 2 semaninhas de folga – apelidadas de “férias suínas”. Shoppings e restaurantes vazios, desesperados de máscaras cirúrgicas pelas ruas, tema pro jornal o mês todo. Depois de um mês ninguém mais nem se lembrava do assunto.

Outra coisa é que todo ano tem um crime que comove a população. Esse ano tivemos o Deputado beberrão e apressadinho, Carli Filho. Bebeu, correu, bateu e matou 2 jovens que nada tinham a ver com a história. Até onde eu sei, está respondendo em liberdade e passa bem. Teve também o assassinato do rapaz e o estupro de sua namorada em um morro próximo à Praia Mansa e o recente caso do menino das agulhas. Ah, e não posso me esquecer do aconteceu no Couto Pereira há poucas semanas que não sei chamar por outro nome senão crime. Sim, em matéria de desgraça foi um bom ano.

Ah, as efemérides! Adoro essas coisas de aniversários redondos, datas importantes. Esse ano tivemos algumas. 220 anos da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, 150 da publicação da Origem das Espécies, do Darwin, 70 do início da mais sangrenta de todas as guerras, a 2ª Guerra Mundial, 60 da revolução chinesa, 50 da revolução cubana, 40 do festival de Woodstock e do lançamento do Abbey Road – o disco cuja capa é uma das mais intrigantes de todos os tempos -, 30 da revolução sandinista, 20 da queda do muro de Berlim. Isso que esse ano é o Ano Internacional da Astronomia. Enfim, muitas datas foram comemoradas durante esses quase 360 dias que se passaram até hoje.

As mortes foram memoráveis também. A começar pelo Rei do Pop, Michael Jackson, que nos deixou na véspera de uma turnê de retorno. A cultura também perdeu esse ano Mercedes Sosa, cantora argentina, Farrah Fawcett, atriz que fazia o papel de uma das 3 panteras originais, Patrick Swayze, ator que ficou famoso pelos filmes “Ghost” e “Dança Comigo” e Les Paul, músico e inventor do modelo de guitarra Gibson que leva o seu nome. Outra grande perda foi a do antropólogo Claude Lévi-Staruss, o criador do estruturalismo e um dos grandes responsáveis pela destruição de conceito de eugenia. É sempre bom lembrar que ele finalizou seus trabalhos com tribos brasileiras e que foi um dos fundadores da USP. Teve também a morte do locutor Lombardi e do empresário Herbert Richers, o cara da “versão brasileira Herbert Richers” – quem via seriados antigos dublados vai saber do que estou falando – e do estilista, e até então também político, Clodovil Hernandes. Mas não foram só os bons que nos deixaram. A morte do político Celso Pitta nos dá esperanças pra que qualquer dia desses apareça no Jornal Nacional “O político José Sarney sofreu hoje um AVC e não resistiu”. Já iria tarde, mas como vaso ruim não quebra...

E falando em vaso ruim, como todos os outros anos, esse não escapou dos casos de corrupção. Começo pelo bigodudo do parágrafo anterior, o Senhor do Maranhão, José Sarney. Mesmo com passeatas, protestos, críticas e o escambau ele se manteve firme e forte no trono de presidente do Senado. Tudo pra proteger o seu filinho que estava – e ainda está sendo, se não me engano – investigado pela polícia. E claro, não podemos nos esquecer o senhor dos panetones cifrados, Celso Arruda. E falando em Arruda - aliás, que nome mais amaldiçoado esse; folhas de arruda nunca mais -, logo nos vem à cabeça a imagem da loira da UNIBAN, Geyse Arruda, quase sendo execrada pelos colegas de faculdade. Um caso que acabou dividindo opiniões – a minha está aqui.

E é melhor eu parar por aqui porque o texto já está gigantesco. Aliás, o blog nessas próximas semanas terá poucos – se tiver – posts. Poxa gente, precisamos de férias também! Ano que vem retornaremos com tudo. Sempre Mais do Mesmo, sempre novos posts.

Um comentário:

  1. Cara, 2009 foi muito tenso! Apesar de tudo, por sorte, passou rápido. Sério, ler essa retrospectiva só me deixou mais indignado O.O como pode um ano desses ter passado tão ligeiro?! :O normalmente, como diria a maxima, o q é bom dura pouco, mas, para mim, "bom" com certeza não seria a melhor definição para esse ano.

    Boas férias, então! E continuem postando bons textos em 2010 :D

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