terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cafeína na Veia (Criativa)

Tenho o costume (sortudo demais sou eu por tê-lo adquirido) de tomar café. Expresso duplo, puro, uma colherzinha de açúcar. Melhor coisa naqueles momentos em que estou muito agitado, os pensamentos não estão se organizando ou estou passando por uma fase difícil. Diferentemente da maioria, me sinto extremamente tranqüilizado e acalmado pelo expresso. Só uma coisa é capaz, às vezes, de frustrar esse momento meu: quando vou com muita sede ao pote e queimo a língua.

(Ô dorzinha maldita, a da língua queimada. Ficamos bom tempo tentando refrescá-la e, depois, ignorá-la. Mas é horrível. Absurdamente chata também é a dor de unhas cortadas muito curtas. Ah, quem nunca cortou a unha dos dedões das mãos muito curta e não conseguiu, por isso, usar os dedos devidamente. Topadas do mindinho no canto do armário, mordidas na língua, joelhadas na escrivaninha. Enfim, o mundo está cheio de ameaças sinistras, na espreita para nos fazer agonizar, nem que seja por instantes.)

Quando estou com minha xícara, sentado num ambiente agradável, geralmente sou atingido, de súbito, com idéias boas, pensamentos complexos. Boa parte das vezes, bebo acompanhado de um livro. Outras, de pessoas magníficas e companhias impagáveis. Esses são os principais combustíveis para minha criatividade. Depois desses momentos relaxantes, costumo ter uma produtividade acima do normal.

(Nada como trabalhar motivado, com vontade. Ter aquele professor cativante, que nos instiga, trabalhar num ambiente amistoso e harmonioso, com pessoas estimulantes. De boa, estudar e trabalhar em lugares desafiadores com pessoas que, como eu, buscam sempre estar à frente, é ótimo demais. No entanto, é cansativo, mental e fisicamente.)

Porém, desde que começou a temporada de provas, seja das faculdades, seja dos vestibulares, não tenho conseguido casar os horários meus e de meus companheiros(as). E posso garantir que isso tem estragado boa parte de meus pensamentos. Essa falta de relaxamento para a cachola pode ter, por um tempo, atrofiado minha capacidade de escrever. Junte a isso o esgotamento das energias e temos aquele tão temido bloqueio criativo.

(Pelo menos ainda escrevo alguma baboseira aqui. Tem gente que nem pra isso... Brincadeirinha! Pessoas ocupadas são fogo. Não conseguem tempo pra respirar, imagina pra postar no Blog.)

Acho que consegui fazer algo com esse jogo de parênteses. Experiências a parte, espero que, agora que as pessoas entram de férias, possa receber mais convites para sair tomar aquele expresso duplo, puro, uma colher de açúcar.

2 comentários:

  1. Café aleatório, escolhido na hora, sem açúcar.
    Depois de amanhã, todos os dias se você quiser.

    ;D

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  2. Post bom, eu gostei.
    Santa cafeína!

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